Quem sou eu

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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Casa da sogra


Passamos o natal na casa da minha sogra, como todos os anos. Queria oferecer prá ela um presente especial, feito por mim. Como ando adorando fazer almofadas, lá vai almofada de presente para sogra (ela destesta essa palavra, prefere que a chame de mãe do meu marido).

O crochê do meio não fui quem fez: arrematei um lote de toalhinhas de crochê num bazar de natal que os vicentinos fizeram em prol da Igreja dos Frades, a mesma que eu frequentava quando era pequena e na qual me casei.

Adooooooro bazar de natal! Fico louuuuuuca com os trabalhos das voluntárias e adoro a dedicação delas!

Quando comecei a pegar toalhinhas e mais toalhinhas, uma senhora não aguentou e veio perguntar o que eu ia fazer com tudo aquilo.

Expliquei que gosto de misturar o crochê com patchwork e que aquilo lembra tanto minhas avós que tenho um apego sentimental mesmo.

Acho que ficou uma almofada legal e sentimental. Espero que ela tenha gostado e use, pois as coisas só tem sentido de existir se têm função na vida prática (olha quem fala, eu, a rainha das coisas acumuladas e dos fundos falsos prá esconder quinquilharias!!!!!!!). Como a teoria é uma coisa e a prática é outra!!!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Desafio


Meu marido decidiu que queria um sofá novo. Além disso, quem iria escolher seria ele e meu filho. Dizem que eu escolho o mais bonito, mas não necessariamente o mais confortável.

Sendo assim, eu tive direito a um "palpitezinho" só prá ter certeza de que além de gostoso ele também era bonito.

Enfim, sofá novo pede almofadas novas. Isso me animou!

E, assim, criei um desafio a mim mesma (eu sempre fui uma boa companheira prá mim mesma: inventava brincadeiras à duas - eu e eu mesma - e parece quem nem sendo adulta eu perdi essa capacidade de me divertir comigo!!!! É normal? Alguém me entende???)

Bem, o desafio era aproveitar meio metro de tecido estampado, lindo, que eu tinha há algum tempo, e combiná-lo restritamente com outros tecido lisos, e assim confeccionar três almofadas diferentes.
Além disso, em cada uma eu teria que inserir um aplique ou um detalhe diferente.

Em uma delas apliquei uma toalhinha redonda de bilro, comprada há meses em Holambra.

Já uma outra teve uma renda transformada num quadrado central, uma borda, algo assim.

E na menor, quiltei um coração estofado por trás, fazendo uma pequena fenda no forro. Ficou legal (e ainda coloquei um babadinho rendado nas bordas).

Desafio cumprido! Mais uma brincadeira que deu certo!!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Brinquedos novos




Se o tempo foi de poucas palavras, não posso dizer o mesmos das minhas atividades.


Muuuuuuito trabalho, muito "agito mental" (sabe o q é isso? Aqueles dias quando você tem tanta coisa prá pensar e prá resolver que dá vontade de parar todo o resto).


Foi isso que andei fazendo.


Mas não posso deixar de exibir duas aquisições especiais: uma maquininha de costura de brinquedo dos anos 60, da marca Bambi, vermelhinha e linda.


A outra é uma miniatura prá lá de caprichada (a gavetinha abre!). Prá ter noção do tamanho fotografei junto com um lápis.


É uma belezinha, não é?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Gráfica





O trabalho numa gráfica, prá mim, veio totalmente por acaso (há quase vinte anos!)

Mas, desde o primeiro dia, um mistério começou a ser desvendado.
Antes mesmo de trabalhar na gráfica que estou até hoje, eu ia ocasionalmente até lá, a serviço.
Mas, nunca havia ultrapassado o balcão de atendimento. Ali era o meu limite: eu era “de fora” e o que acontecia lá dentro eu não sabia.

Aos poucos foi se revelando uma realidade surpreendente. Eu não fazia idéia dos processos de impressão, da sensibilidade do papel, da alma do gráfico.

E os tipos de chumbo? A fonte alta e a baixa? E as caixas de tipos? Que emaranhado de letras, que labirinto... Esse lado antigo despertou minha curiosidade.

E como pude ignorar até então o trabalho do tipógrafo que ia montando as palavras de trás prá frente?

Foi um velho novo mundo se abrindo prá mim.

Lembrei de ter lido que Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir compuseram como tipógrafos alguns textos. E também do “meu” Machado de Assis, que foi tipógrafo no começo de sua carreira. Minha admiração cresceu mais ainda. Acho que talento e esforço andam juntos, em qualquer área.

Fiquei tão fascinada pelas linotipos que tínhamos que fui ler sobre seu criador, Mergenthaler, que era relojoeiro e terminou louco após sua invenção revolucionária (a linotipo).

Até então os tipógrafos trabalhavam com fontes móveis, numa prensa manual. E ele criou a linotipo, onde era possível se fazer uma linha inteira, usando o chumbo em estado líquido.

A idéia da folha virgem passando pelos tipos de chumbo úmidos de tinta, transformando-a para sempre, dando um sentido, carregando um texto, causando uma marca, transportando uma mensagem me comove.

E essa coisa de que o papel passa e o tipo fica e logo se transforma em outra palavra, em outro texto, em outro serviço, é meio como a vida da gente: a gente é a folha em branco que vai se marcando com a nossa história, com nossos erros e acertos. O duro é que não tem rascunho nem revisor .

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sexta


À espera do telefone tocar
da visita chegar
da flor abrir
da roupa secar
da sexta-feira nascer
pro coração esquentar
o tempo favorecer
e o amor, calmo, acontecer.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Eu desconfio de caderno de receitas muito limpo



Andei lendo o caderno de receitas da minha vó Isabel, que herdei (a foto é do meu, não do dela).
Folheando as páginas amareladas, algumas delas bem manchadas (é o mínimo que se espera de um caderno de receitas) fiquei pensando que as receitas que vamos acumulando ao longo da vida são de coisas que gostaríamos de COMER, não necessariamente FAZER.
Vejo as minhas muitas receitas guardadas e percebo ali a pessoa que eu gostaria de ser, mas não sou! Tanta coisa que eu queria fazer e não faço, tanta coisa que eu queria comer e não como.
No caso da minha querida vó, vejo a pessoa de gosto fino que ela era. São tantas carnes com vinho, creme de leite fresco, cristal de lima, tortas finas, sorvetes especiais, um interessante Rocambole de Bombocado (esse eu JURO q vou fazer), coisas deliciosas e cheias de boa vontade.
Mas, na prática, ela era como as outras avós: tinha suas especialidades mas não era todo esse cardápio enorme de opções. Fazia coisas deliciosas, um pavê de chocolate inesquecível, mas das carnes com vinho eu não lembro.
Penso q sou assim também. Tenho um acervo grande de receitas que venho juntando desde a adolescência. Algumas eu fiz, outras apenas admirei, todas eu gosto de ler.
Às vezes, sem nada de novo prá ler, pego um dos meus livros de receitas e viajo.
As receitas e suas execuções foram marcando minha vida, como as músicas. Através delas lembro exatamente o que sentia em certa época.
Outro dia fiz este aparentemente simples bolo, com receita da D.Therezinha, minha sogra.
Prá mim, o detalhe chique é que fiz com ovos caipiras que o Dito traz do sítio dele.
Ficou tããããão bom!
Ele gosta tanto das galinhas dele que elas capricham nos ovos!
E eu, bato bolo...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ismael

Esse é o meu andarilho favorito.
Uma figura já tradicional no centro da minha cidade.
Ouvi comentários que ele havia sido padeiro e que era muito elegante, só usava terno branco.
Vocês acham que eu ia ficar na curiosidade?
Como eu trabalho num jornal e como ele vem buscá-lo de vez em quando, não deu outra.
Armei a tocaia! Um dia, quando ele chegou, perguntei:
-É verdade que o senhor foi padeiro?
Ele me olhou de cima a baixo e respondeu, orgulhoso:
- CONFEITEIRO!
Toma, xereta! (pensei de mim mesma)
Mas, criamos um vínculo sutil, não declarado.
Outro dia, logo depois da hora do almoço, eu estava na porta quando ele chegou. Violão numa mão, garrafa de pinga na outra.
Perguntou se meu filho estava bem (eu nem sabia que ele sabia que eu tinha filho!).
Tomou acento na calçada, acomodou o violão no colo e tocou e cantou a tarde inteira. Detalhe: ele só tem o dedão da mão direita! E é destro!
Se serenata acontece à noite (no sereno), acho que fui vítima de uma "tardenata" (gostaram da palavra nova?)
Bem, o que eu queria mesmo ressaltar é o quanto as pessoas podem nos surpreender e, mesmo sendo tão diferentes, nos agradar.
Abaixo todos os preconceitos!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Chuva


Uma boa chuva envolve todos os nossos sentidos.

Antes, vemos o céu se escurecendo e sentimos o vento bagunçando nossos cabelos e crispando nossa pele.

Aí, sentimos o cheiro que vem anunciando a chuva: é engraçado como ele a precede (acho que é porque chove em outro lugar, antes).

Quando enfim ela desaba, é um misto de sensações, aromas, arrepios, toques molhados...

Talvez por eu gostar tanto de chuva, me vem uma alegria explosiva como os trovões e uma vontade de ser generosa (penso que é assim quando a gente está satisfeito).

Pena que essa mesma chuva que me traz tantas sensações boas por vezes cause tanto estrago...


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Eu quero uma casa no campo












Domingo, 11/10.
Almoço ao pé da serra de São Pedro, num restaurante com um grande fogão a lenha.
O lugar tem muito do que eu gosto: simplicidade elegantemente caipira, mato, verde de encher os olhos e entorpecer a cabeça.
Daí que volto a dizer: EU QUERO UMA CASA NO CAMPO!
Será que se eu parar de comprar sapato, roupa e tanto apetrecho de cozinha eu consigo?
Isso seria em que ano, hein?!
Alguém se habilita? Ninguém tem um sítio esquecido e está a procura de uma herdeira cheia de boa vontade?
TÔ AQUI!!!!!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Irmã mais nova


Esta almofadinha fiz de presente prá minha irmã mais nova (e bota mais nova nisso: 16 anos de diferença!) .
Outro dia foi aniversário dela e tome presente da irmã aspirante a costureira. Há um detalhe feito em ponto cruz graças à minha mãe, que essa arte eu não domino. Aliás, toda a inspiração prá almofada veio do bordadinho em tons de lilás. Achei o resultado bem legal e suave. Parece que a aniversariante gostou...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novo de novo


Acho bárbara a ideia de se reaproveitar as coisas, principalmente quando o novo uso não tem nada a ver com o anterior.

Esta lata de manteiga Aviação virou um lindo vasinho já que o original, de cerâmica, se quebrou.

Este novo vaso não quebra, se amassar dá prá arrumar e ainda é bonito (além de tudo combinou com as florzinhas).

Acho que valeu a pena.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Raridade


Não é uma raridade, hoje em dia?
Um conhecido meu conta que na sua infância, qualquer reuniãozinha contava sempre com um acordeon.
Aniversário, então, não era completo sem um acordeon prá alegrar a festa.
Essas tradições de cidade pequena estão morrendo por aqui.
Mas, felizmente, há alguns movimentos na cidade tentando preservar nossa identidade caipira (com orgulho!)
Piracicaba é berço de grandes pintores, escritores, seresteiros, pescadores, patchworkeiras (hehehe), fazedores de rede de pesca, contadores de causos etc.
E temos um rio! Eu amo minha cidade!
Há uma lenda sobre o nosso rio: diz que todo dia o salto do nosso rio faz um minuto de silêncio. Quem perceber esse momento mágico pode fazer um pedido que ele se realizará.
Vamos "escutá-lo"?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Parabéns prá nós: ele nasceu!



Eu tenho um filho. E ele fez 15 anos ontem.
O tempo passou muito rápido e a memória do dia em que ele nasceu é ainda bem fresca.
Na véspera eu tive medo, apesar da gravidez super tranquila.
O parto é uma das coisas que não tem como se escapar quando o bebê já está bem crescido em nosso ventre: não é uma opção, vc tem que passar por isso prá ter seu filho nos braços.
Passei a madrugada em claro e confesso que pensei em fugir.
Tolice! Minha barriga iria comigo onde quer que eu fosse.
Pensei em pedir carona prá algum caminhoneiro, na estrada. Quem iria levar eu e a minha barriga? Até onde eu iria?
Não sei do que queria fugir: o filho era planejado, gerado com amor e esperado ansiosamente. Deve ter sido culpa dos hormônios, só pode ser!
Bem, quando ele nasceu eu chorei de alegria mas senti que naquele 05 de outubro que uma ferida se abriu em mim e que não cicatrizaria nunca.
É que daquele dia em diante fiquei fragilizada por esse amor sem fim que tenho por ele. E percebi, claramente, que quando ele sofrer eu sofrerei muito mais, quando ele chorar eu tamém chorarei e, se por ventura, lhe fizerem algum mal, eu serei mais atingida ainda.
Mas, amar de verdade é assim mesmo.
Todo ano, por essa época e desde que ele tinha 1 ano, eu lhe escrevo uma carta contando o que aconteceu com ele e nossa família naquele ano. Conto quem são seus amigos, as coisas da escola, suas brincadeiras favoritas, suas músicas, coisas assim.
Quando ele tiver 18 anos lhe entregarei todas essas cartas. Elas são escritas sem rascunho, de forma bem espontânea. Não vale eu ficar relendo e corrigindo: as palavras saem direto do coração para o papel.
Tomara que sejam úteis prá ele e representem bem o grande amor que lhe tenho.
Vida longa aos grandes amores!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ler


Dizer que ler é bom é chover no molhado. Isso todo mundo sabe, até quem não gosta e admite com um certo pesar na consciência.
Acontece que nesses dias de vida corrida, tempo cronometrado, só mesmo os amantes da leitura conseguem conservar o hábito.
Que sou uma ex-leitora voraz é uma verdade; que sou uma aprendiz no mundo da internet, outra.
Fascinada com as possibilidades que essa janela para o mundo me oferece, andei postergando até as leituras mais banais. Coisa de principiante, sabe. Quando todo mundo descobria as maravilhas da internet, eu relutava em abandonar o papel e fazia até uma carinha de pouco caso para o computador.
Eu sempre fui de achar que se algo tá na moda eu não vou usar ainda porque tá todo mundo usando, e eu detesto essa coisa de senso comum. Prefiro não usar ou usar um pouco depois, quando a febre já passou.
Com o computador, não deu outra. Quando minha irmã mais velha cantava em prosa e verso a internet, eu tinha receio. Achava que não era prá mim. Como os ignorantes podem ser tolos!
Nos dias de hoje não sou uma viciada, uma alucinada, mas já ando bem de mãos dadas com o mundo on-line, escancarando meu amor prá quem quiser ver (ou ler).
Acontece que tem amores que podem adormecer mas não morrem jamais.
Outro dia me aborreci tanto ao teclado, tudo me pareceu tão perto dos meus olhos, tão pronto, que desbundei!
Corri ao "Bruxo do Cosme Velho" (nosso velho e bom Machado) e levei-o prá cama, num ritual que tive durante muitos anos. E pude imaginar, percorrer as casas na minha mente, visualizar as mulheres com as dicas que ele me dava, saborear os passeios pelo Rio e até bonde eu peguei.
Aí lembrei que teclar é OK mas virar página é DEMAIS!!!
Simplicidade é tudo!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Poesia na veia

"Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles.
Porque amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
Se puder, ou até se não puder ser..."

Fernado Pessoa

domingo, 27 de setembro de 2009

Sábado a dois












Sábado já é um dia delicioso; em boa companhia, então, nem se fala. Passei o sábado muito junto do meu filho que tem quase 15 anos. Passeamos pela cidade sem hora prá nada. Ele é muito divertido e engraçado. Vê graça em quase tudo e é de bem com a vida, uma das qualidades que mais admiro nas pessoas. Parece que tudo vai melhor para quem tem a virtude de ver o melhor lado das coisas. Torço muito para que ele continue sempre assim.
É engraçado: vejo meu pé no pé dele, meus olhos nos seus. Essa experiência é incrível e acho ser mãe altamente recomendável. Observo o quanto melhorei depois que ele nasceu, o quanto ele me ensinou. E dizem que a gente é que tem que ensinar aos filhos: na verdade, a gente só repete alguns conceitos básicos de educação, convivência, essas coisas. O resto, a gente é que é aluno.
Obrigada, filhão!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Feitos com carinho





Eu adoro dar presentes, especialmente quando feitos por mim. E adoro ganhar presentes feitos pela própria pessoa.
Acho que é de uma atenção, um carinho...
Esta lixeirinha de carro foi feita para minha irmã, Bartira, e o porta-tesouras também.
No ano passado ela me fez um tapete de nozinho, uma coisa linda, que além de tudo combinou demais com meu banheiro verde.
Ela tem muito cuidado com sua tesoura, pois ela tosa cães e os adora (daí o botãozinho de cachorrinho na ponta do porta-tesoura, repararam?)
Pois bem: ela tem um dom e tanto para lidar com animais e talvez se todos fôssemos assim, se tivéssemos tanto carinho e amor por tudo que gostamos, o mundo fosse um lugar mais legal.
Ela não mede esforços pelo bem estar de seus animais e anda às voltas com um bebê canino, o Nicky (um poodle toy, eu acho). Ele é uma graça! Desperta paixões até nos seres mais sisudos.

Vamos nos dedicar mais às coisas que realmente gostamos?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aprendizado

Uma das coisas que aprendi, com o passar dos anos, é que existem situações além das nossas forças. Não dá prá controlar tudo, nem agradar todo mundo, nem realizar todas as tarefas, nem ser querido por todos.

Fazer o quê?
Permitir ser a gente mesmo, com nossos defeitos e qualidades (tentando amenizar os defeitos, claro). Afinal, como cantou o Caetano Veloso "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
Mas prá mim foi (é) um aprendizado duro, cheio de recaídas. Mas estou melhorando muito.

É tão bom reconhecer que as melhores coisas da vida são as mais simples, as menos complicadas e que, podemos sim (numa boa parte do tempo, pelo menos) escolher o que fazer, ir onde nos agrada, interagir com quem nos faz bem, quem nos traz paz e a quem podemos chamar de amigos.

Por isso, hoje em dia, estou tentando permitir-me uma vida mais simples e mais leve, ainda que prá isso eu tenha que reconhecer algumas fraquezas e certezas: não conseguirei nunca ler todos os livros que eu gostaria, nunca meu apartamento será tão limpo quanto eu acho que ele merece, nunca testarei todas as receitas culinárias que acumulei durante todos estes anos, nunca viajarei prá todos os lugares onde meus pés anseiam caminhar, nunca terei espaço prá tantas antiguidades que eu gostaria de ter etc.

E aí? Grande coisa! Sei muito bem valorizar o que está bem aqui, ao alcance das minhas mãos!
E seguirei lendo o que eu puder, testando receitas, viajando quando der, caminhando seguramente, com passos cheios de confiança, pelas calçadas queridas da minha Piracicaba!

Permito-me!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dona Chita


I love chita!
Acho de uma estampa tão sincera, tão descaradamente feita prá impressionar, que me parece o tecido mais bem intencionado que há (existe isso? ah, vocês me entenderam...)
Outro dia, li em algum lugar (acho que foi em alguma Bons Fluídos) que a chita foi inspirada no chintz indiano.
Adoro as estampas e tenho várias cortes. Alguns deles tenho até dó de usar. Faço uma pequena coleção.
Quando vi a foto acima na propaganda de um filme nacional, já adorei. Um colcháo forrado de chita! UAU!
Agora, olha o nome do filme: "Viajo porque preciso, volto porque te amo". A M E I!
Prá ser muuuuito sincera, nem lembro qual o enredo do filme que havia nos comentários, mas o nome eu não esqueço, nem a foto que divido hoje.
Esse filme eu não perco.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Deu no New York Times!


Bom, não é bem assim: foi no Jornal de Piracicaba, hehehe.

O colégio no qual meu filho estuda completa 128 anos este mês. O principal jornal da nossa cidade queria homenageá-lo contando a história de algum aluno cujos pais também tivessem estudado lá. Éramos nós!


Fizemos umas fotos na frente do colégio e comentei com a jornalista que, exatamente naquele dia, 11 de setembro, fazia 24 anos que havíamos começado a namorar ali, no pátio.


Não é que deu matéria de jornal?


Foi muito legal ter nosso amor estampado no jornal.


Se o New York Times sabe...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Passeando











Ontem fomos à Expoflora, em Holambra.
É um passeio maravilhoso: uma festa para os olhos.
Porém, se você vai há anos, como é o nosso caso, a festa deixa de apresentar novidades significativas. Não é uma depreciação, é só um fato.
Certas coisas vão ficando curiosas com o tempo:
- Por quê haveria uma árvore de tamancos?
- Por qual razão queremos tirar foto com uma tulipa gigante, que não passa de alguém sofrendo embaixo daquela fantasia?
- Por que tem que fingir que se está telefonando prá tirar fotos desses orelhões de flores?
- Qual motivo leva pessoas a fazerem poses estranhas/"românticas" para serem fotografadas com flores?
- Por que é tão gostoso ir mas é tão mais gostoso voltar?
Bem, não quero ser "a chata" mas todo ano é bem parecido.
Queria eu ter olhos virgens prá tanta beleza em vez desta visão ranzinza que a experiência traz.
É como alguém que ainda não foi à Expoflora, ainda não leu Machado de Assis nem assistiu aos filmes do Hitchcock: sinto inveja da primeira vez, daquele momento mágico quando um novo mundo se abre prá nós.




quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Herrar é humano

Descubra o erro na folhinha acima!
Não adianta questionar: tá vendo como todo mundo erra?
Como eu trabalho numa gráfica, o erro acima me atormenta pois fico pensando se fosse eu. E consigo compreender, embora reconheça a falha.
Fazendo um comparativo com a nossa vida, sei que a gente tem que se esforçar para evitar os enganos, de todos os tipos. Demanda um empenho enorme, e muitas vezes é impossível.
Talvez a melhor solução seja a gente aprender a perdoar a gente mesmo e aos outros (que também carece de muito esforço), já que ninguém está imune.
Vi um versinho numa agenda minha que eu adoro e tento sempre me lembrar dele:
"Beija-flor
Perdoa quem errou.
Não seja tão drástico
pois eu mesmo
já vi um beija-flor
beijar uma
flor de plástico.
N.S. Júnior".
Não é demais?

P.S. O erro na folhinha, prá quem ainda não achou, é que tem dois dias 12.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A primeira colcha de retalhos ninguém esquece





Essa pequena colcha de retalhos foi feita para meu sobrinho mais novo, o Matheus.
Ele tem 5 meses e é a coisa mais fofa do mundo!
É gozado quando nasce mais uma criança na família: parece que estávamos esperando por ela há muito tempo.
Fiz essa colcha com um pedaço de tecido importado comprado numa feira em SP e com vários outros tecidos nacionais, sendo que alguns deles eu tinha há anos.
Nas bordas do travesseirinho usei uma rendinha muito antiga, que era da minha vó Ermelinda.
Acho fascinante isso de se reaproveitar algo e fazê-lo continuar na família, de uma forma ou outra.
Minha avó já se foi há muito tempo. Não teve a alegria de carregar nos braços esse bisneto. Mas ajudou-me, entre linhas, panos e renda, a ter o enorme prazer de presentear o Matheus com sua primeira colcha de retalhos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Filmes e Feriado


Como é gostoso termos tempo prá fazermos o que realmente gostamos. Eu adoro assistir filmes!
Hoje, feriado da independência, parece que convidava a isso: independência das formalidades, da obrigações, do horário rigoroso...
Logo cedo (e levantei bem cedo prá ter mais tempo livre!) assisti "Vicky Cristina Barcelona". Muuuuito bom!
Almoçamos fora e na volta revi um clássico: "Suplício de uma saudade". A música ganhou o Oscar de Trilha Sonora em 1955 e marcou corações apaixonados de várias gerações.
O final é triste, a mocinha chora, choramos nós todos. Mas o filme é ótimo, mesmo assim.
E, além de tudo, foi esse filme que forneceu um belo modelo de vestido prá minha sogra!
Tudo tem seu lado bom.

domingo, 6 de setembro de 2009

Oba, hoje é domingo!













Porque hoje é domingo, o dia é mais de imagens do que palavras. Este é nosso Mercado Municipal, um lugar adorável e cheio de representações prá nós, piracicabanos (e até prá quem vem de fora e adora cozinhar e/ou comer).
O domingo, hoje, está particularmente agradável prá mim, que adoro chuva.
Vamos descansar e repor energias porque à noite tem festa prá irmos.
Bom domingo!

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Obrigada pela visita! Volte sempre!

Gentileza Gera Gentileza