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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Meus cinquenta anos



     Meu aniversário de cinquenta anos foi em fevereiro. Sem festa, a data parece não ter fim dentro de mim.
     Não fiz cinquenta anos de repente: essa ideia de ter cinquenta anos me vem caindo aos poucos, no decorrer dos dias e meses deste 2016.
     Parecia um aniversário qualquer mas, definitivamente algo mudou.
     Por um lado, me sinto promovida: cheguei a uma idade privilegiada. 
     Envelhecer, para mim, não é demérito; ao contrário, como antes fui um espermatozoide mais ágil, agora também atesto minha capacidade de sobreviver.
     E essa sobrevivência me faz querer mais da vida.
     Quero, por exemplo, lidar com o mínimo possível de aborrecimentos.
     Sinto-me obrigada a selecionar o quê e quem me faz bem.
     Parece que finalmente me sinto mortal, de verdade. Constato que já vivi bem mais do que tenho pela frente e que a qualquer hora tudo pode mudar, para melhor ou não.
     Portanto, esse hábito de postegar desejos pode ser em vão. É agora ou nunca prá muitas coisas.
     A parte gozada é que me sinto na adolescência da velhice! Mesmo!!!
     Então, aproveito para usar algumas coisas e cores, me sentindo mais colorida do que nunca.
     Importo-me com bem menos, chegando a ser difícil me tirar do sério. Às vezes, queria ser mais rígida, levar mais coisas a sério mas, se isso já era duro antes, agora virou esforço à toa.
     A casa não está tão limpa e em ordem mas é uma casa tão produtiva! Produzo refeições com afeto, costuras, mimos, brincadeiras com a Mafalda, doces diet para o marido, que volta e mexe reclama da bagunça.
     Gente, é uma baguncinha tão feliz, que nem deveria ser chamada de bagunça. Teria que se inventar uma outra palavra para descrevê-la: talvez bacrita (bagunça criativa), baliz (bagunça feliz).   Ou então, em vez de uma palavra, uma abreviação: COPAEMLU (Coisas Passeando em Outro Lugar). O que deveria estar na cozinha, veio passear na sala; a colcha de retalhos da cama, veio à lazer para o sofá, ver TV conosco. Nada muito grave ou vergonhoso.
     Por fim, constato que me sinto absolutamente confortável e feliz comigo mesma. Sei das minhas falhas mas antes, sei dos meus esforços, da minha boa vontade, da minha própria história que me fez ser a cinquentona que hoje toma conta da menina que ainda mora aqui.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Bolsa de patchwork (ou de amostras de tapeceiro)


Um dos lados

O outro lado da mesma bolsa
(reparem que o fundo também é de couro sintético)

Os dois lados da mesma bolsa: adoravelmente diferentes!

Detalhe do penduricalho

Forrei o couro sintético com o mesmo tecido
do forro da bolsa

O interior da bolsa e o fecho

Como os retalhos estavam no princípio

Como ficaram depois de cortados e...

 
...colocados em ordem


     Essa história de juntar pedaços de tecidos realmente é viciante! Já faz um tempo que virei fã das amostras de tapeceiros.
     Fiz um tapete há dois anos atrás e o resultado me agradou tanto que não tirei da cabeça a ideia de aproveitá-las em outras peças.
     Diante de nova remessa de amostras que ganhei, desta vez pensei numa bolsa para mim. Já vinha usando minha última bolsa de retalhos à exaustão e precisava de um modelo novo.
     Fui me inspirar na ótima Maria Adna, uma mestra das bolsas. Descobri seus vídeos no Youtube e virei ainda mais fã!
     Os retalhos foram passados e cortados. Nem todos tinham o mesmo formato e os cortei também em diferentes tamanhos.
     Depois veio a delicia de combiná-los e juntá-los de modo que para mim houvesse algum sentido ou alguma harmonia.
     Rabisquei um molde baseado numa das bolsas da Maria Adna e parti para a aventura de transformar tudo aquilo na minha bolsa nova.
     Para as alças, o fundo da bolsa e as tiras laterais que compõe o fecho, usei couríssimo, um couro sintético bastante maleável e fácil de costurar.
     Usei esse mesmo couríssimo para fazer os pingentes, só que tive a ideia de colar o tecido do forro da bolsa no verso do couro para só aí cortar as tirinhas. Um detalhe quase imperceptível mas que revela a atenção aos detalhes que gosto de dar. Pode ser que ninguém note, mas eu sei que ele está lá e isso já me faz feliz.






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