Quem sou eu

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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mais tralhas






(a foto está deitada, tá?  A parte mais comprida é prá cima: exercite sua imaginação!)

Não são bem tralhas: é um jeito carinhoso, meio que pedindo desculpas ao meu marido, pelas coisas que vivo caçando em brechós, ferro-velho e feiras. É mais forte que eu: AMO velharias!
Desta vez achei duas preciosidades: uma latinha azul e branco e uma moldura de ferro, redonda.
A latinha descobri que era embalagem de chocolate e a moldura de ferro enfeitava uma chácara. Quer dizer, elas têm passado, têm currículo.
Podem se manifestar, por favor! Não são lindas? Ajudem esta pobre coitada a convencer seu marido que não quero ser catadora de lixo quando crescer: eu tenho o DOM de ver beleza nas coisas mais velhas, usadas e desprezadas. É um dom, não é? Ou é uma síndrome? Uma doença mental? Um desvio de personalidade? Eu era rato na outra encarnação e agora, que finalmente virei humana não perdi o hábito de frequentar buracos? De gostar de ver um monte de coisa junto? Socorrrrrro...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Das coisas que gosto



Um pacote feito como antigamente, embrulhado no mais singelo dos papéis e,
 no entanto, me desperta ternura.
Seria pelo tecido que embrulha? Muito provalmente essa hipótese tem o seu grande peso.
Seria pela memória do pão embrulhado, quando era criança? Talvez.
Seria uma questão ecológica, pela ausência da sacolinha plástica? Também.
O que sei é tenho dó de partir o papel e romper o ideal da simplicidade...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Organizador de bolsa









É quase uma bolsinha infantil, tal o tamanho e modelo.
Mas é prá nós mesmas, que nunca deixamos a menina morrer.
Prá manter nossa bolsa arrumadinha, com tudo à mão.
É tipo uma necessérie mais prática, aberta, e que, como coração de mãe, sempre tem espaço prá mais alguém (ou alguma coisa).
Cabe porta-moedas, celular, caneta, óculos de sol, óculos de grau, remédinhos, espelho, pinça, baton, documento, barrinha de cereais e tudo o que você pode precisar.
Porque bolsa de mulher é um kit de sobrevivência, não é?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Porta-óculos

Alguém reconhece esta estampa?
Sim, é uma sobra do acolchoado que fiz para forrar o banquinho com carinha dos anos 70 (cara e corpo, diga-se de passagem!).
Lembram? Pois é. Sobrou uma tira e guardei.
Ontem estava procurando um tecido prá fazer um porta-óculos prá mim e achei a tira, já acolchoada com a manta acrílica, só precisando forrar. E emendar as laterais. E colocar zíper.
E vapt-vupt! 
Eis que surge minha nova criação!






domingo, 14 de agosto de 2011

Colcha jeans

Eu adoro jeans. Não só prá calça jeans, mas prá tudo.
Acho resistente, macio, confiável e democrático. É uma carta na manga: basta mudar a blusa/camisa e os sapatos e temos um visual totalmente diferente. É adaptável a todos os ambientes e climas: viva o jeans!
Como  mencionei anteriormente, estou juntando velhas calças jeans já há algum tempo com o objetivo de fazer uma colcha de casal para nós.
Finalmente comecei! Fiz nesta semana os dois primeiros e blocos e compartilho com vocês a ideia.
Como será uma colcha grande (tamanho queen) não começo sua execução com prazo algum de entrega: sou uma cliente bastante compreensiva e uma costureira bem tranquila.
Faço pelo prazer de fazer. Prá aproveitar as boas histórias que cada uma dessas calças guarda. Prá juntar jeans com algodão floral. Prá esquentar um amor. Prá ser feliz. Prá ter um projeto. Prá ter um objetivo. Prá colorir o quarto e aquecer a vida. Prá que seja uma brincadeira, sem obrigação de perfeição. Prá ouvir o barulhinho da máquina. Prá ouvir música enquanto costuro. Prá ficar na fila do banco planejando o próximo bloco. Prá contar prá vocês. Prá exibí-la, um dia. Prá nos abraçarmos sob seu calor e brincarmos de mundinho. Prá fazer de cabana. Prá trocar um bebê que veio nos visitar. Prá lembrar que a vida é boa e é um monte de retalhos junto. Porque eu gosto.


O projeto

O primeiro bloco feito

O segundo bloco: ficou muito claro?
 
Só prá mostrar a aldrava: uma das poucas (originais) que restam na cidade


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Meu balancim

Meus caros:
tenho a comunicar que sou senhora e proprietária do meu próprio balancim para forrar botões.
Sim, sim, sim, comprei-o.
Eu precisava? Ah, sei lá.
Eu queria? Siiiiiim.
Eu desejava? Com todas as minhas forças.
E adquiri também três matrizes para forrar botões 14, 16 e 32.
E, caixas com 144 botões de cada.


Fala sério, precisava comprar tanto botão assim? É que eu sou prevenida, né? Vai que acontece alguma catástrofe e a salvação do mundo dependa desta mulher ter botões suficientes! Nunca se sabe.
Melhor prevenir do que remediar...

domingo, 7 de agosto de 2011

Pelos sebos afora

O sebo é um local que me faz sentir em casa, tanto quanto um brechó ou um ferro velho. Estranho? Esquisito?É, eu sou assim.
Nesta última semana, encontrei num dos meus sebos preferidos o volume nº 1 de uma coleção da Agulhas de Ouro de 1974 (revista editada até hoje).
As fotos me remetem imediatamente à minha infância, ao que era moda na época e à mulher que eu queria ser.
E nestas páginas encontrei trabalhos que só hojem fazem parte da minha vida, outros que já fizeram e hoje em dia não curto mais tanto. Há coisas também que posso fazer em outra época.
Descobri que muitas coisas novas prá mim são, na verdade, velhas. Os trabalhos, assim como as coisas, são os mesmos: as pessoas é que são outras.
Mas o que eu percebi e fiquei pensando é que outra Rebeca já folheou aquela revista, nos anos 70, já sonhou fazer alguns daqueles trabalhos e fez outros tantos. Aquela Rebeca pode já ter passado, daí a razão da sua coleção estar à venda num sebo.
Ela passou e eu estou passando. E você. E nossos queridos. E nossos dias.
As coisas ficam e nós vamos.
E por isso, dou mais valor ainda às minhas coisinhas, minhas conquistas e minhas costuras: hoje elas têm importância prá mim e me fazem feliz E me é suficiente.
Amanhã, podem alegrar outras pessoas. Ou não.
Talvez a alegria da vida seja mesmo essa: ver o valor das coisas hoje, das pessoas, dos livros, das músicas, das manhãs, da chuva, da noite cheirosa e das novas pequenas descobertas, como uma velha revista de 1974.




quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Porque eu amo poesia


A espantosa realidade das cousas
É a minha realidade de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
e é difícil explicar a alguém
quanto isso me alegra,
e quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.


Fernando Pessoa
(é claro...)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Devolução: que coisa feia...

Como acabei de comprar uma nova (velha) cadeira de balanço (maravilhosa, por sinal), tinha que me desafazer da cadeira de balanço que já tinha aqui em casa.
Essa cadeira pertenceu à tia da minha sogra e depois veio para nós.
Nela amamentei meu filho, descansei, ninei meu pequeno...
Só, que diante do meu novo e incontrolável amor pela cadeira branca, tinha que me desfazer da antiga. Ninguém precisa de DUAS cadeiras de balanço, precisa? Se precisar vocês me avisam que cancelo tudo! Vai ver que eu também vou precisar, um dia.
Por enquanto, não cabe no meu apartamento. Tenho muita coisa.
Restava devolver prá minha sogra sem ser deselegante e ainda fazê-la entender que não é por não apreciar a cadeira e suas memórias: é por querer começar outras memórias com a minha própria cadeira de balanço, linda e branca.
Como ela é uma mulher inteligente e aberta pro mundo e suas novidades, ela entendeu. E sempre me compreendeu, mesmo nas minhas esquisitices. Mesmo no meu jeito de ser.
Claaaaaaaaaaaaro que eu quis fazer uma almofada para o acento e uma outra, de enfeite ou mesmo prá se encostar. Tô torcendo prá ela gostar!

Será que devolvo mesmo? Ficou tão fofa...

"Close" na 1ª almofada de acento que fiz!

Frente da almofada

Verso, com lacinho e tudo







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