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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Cortina de pia vermelha e branca

     




       Uma cozinha abriga muita coisa.
      Comida, pratos, talheres, potes, vasilhas, copos, utensílios elétricos, colheres de pau e magia. Sim, magia, porque juntar alguns ingredientes e transformá-los em comida, além de química, exige certo conhecimento de magia.
      Além de se seguir qualquer receita, há algo que não vai escrito em lugar algum. Um toque de mão que varia de pessoa para pessoa.
     Se não for isso, como se explica o fato de que a mesma receita, feita por duas pessoas, sai tão diferente? Pode até sair parecida, igual nunca.
      É como a comida da infância: guardamos o sabor, o cheiro, a textura. Qualquer cheiro parecido me remete imediatamente à cozinha de uma das minhas avós: em certos momentos, me vejo entre os verdes armários da cozinha da minha vó Ermelinda. Em outros, estou novamente na cozinha de piso vermelho da minha vó Isabel. 
    Gozado pensar, além dos cheiros, nas cores dessas cozinhas: em uma dominava o verde claro, na outra o vermelho que, além do piso, ia numa pequena mesa com cadeiras vermelhas, acento de taboa,  que minha mãe pintou.
     Gostaria tanto de ser capaz de fotografar minha memória e compartilhar essas cozinhas! Como podem estar tão vivas em minha cabeça e tão longes de existir realmente? Uma já foi totalmente demolida e a outra ainda existe, mas não para mim. A casa foi vendida, os avós morreram, a saudade ficou.
    Sabendo da importância que tem toda cozinha, penso que toda forma de torná-la acolhedora vale a pena. E uma cortina de tecido deixa qualquer pia mais fofa, não é verdade? Mais com cara de lar, mais com cara de "aqui se cozinha com afeto".
    A cozinha da família da minha irmã Mônica reflete bem isso: eles adoram cozinhar! Pesquisam receitas e partem para novas empreitadas sem qualquer receio.
     Daí o fato de ter tido o prazer de fazer esta cortina para enfeitar essa cozinha tão acolhedora!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Paçoquinha Amor, a almofada






        Certas costuras surgem assim como uma homenagem. No caso desta almofada, bolei uma homenagem para uma das lembranças mais queridas da infância: a Paçoquinha Amor.
     Sua embalagem é simples e esperta: cores vivas e logotipo sem frescura, como parecem ser os logos mais bem sucedidos.
        A ideia chegou num dia desses, apreciando uma paçoquinha ganha. Fui desnudando a paçoquinha com carinho de amante saudosa.  E com dó de lhe jogar a "roupinha", comecei a bolar um apliquê, pois reparei que o desenho era uma coisa até que bem simples.
        E não é que deu certo? Achei que a almofada ficou muito parecida.
     Faltava a foto, o cenário certo. Fui descobri-lo num dos bares mais antigos aqui de Piracicaba, minha cidade.
      Como a foto indica, o Bar Cruzeiro mantêm características de outrora: a balança antiga, as guloseimas guardadas em potes e vendidas a granel,  tendo por medida canequinhas (pede-se: "duas canequinhas de amendoim, por favor").
      E claro, as Paçoquinhas Amor.




sexta-feira, 10 de junho de 2016

A colcha de patchwork do Tomás







     Definitivamente, fazer colchas para bebês virou  um dos meus hobbys favoritos. 
     A cada bebê anunciado, uma nova promessa de costura se faz. 
     Penso que seja uma forma de participar, mesmo que em pequena conta, da alegria que uma nova vida traz a cada família.
    É também uma forma divertida de testar modelos e blocos de patchwork, já que seu formato pequeno não causa grande stress.
     Ver aqueles retalhos se juntando e a colcha tomando forma dá uma sensação muito boa. Então aquilo tudo se reuniu para agasalhar um bebê recém-nascido?  Era esse o nobre objetivo daquela confusão toda na minha mesa de costura? Viva! Vale tanto a pena!
     Fico pensando e comparando com a história da Cinderela, só que ao invés de roupas velhas, o bebê chega nu. No lugar de uma fada, retalhos encantados se unem uns aos outros e formam a colcha que aquecerá a criança.
     Tudo sonho de uma costureira noturna, que gosta mesmo é de inventar histórias para costurar!



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