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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

domingo, 30 de outubro de 2011

Nhanduti, a renda da vó Isabel





       A origem do nhanduti, diz a lenda, está ligada a uma inconsolável indígena cujo amado desapareceu no dia do casamento. Ao achá-lo morto na selva fechada, ela se abraçou ao seu corpo, velando-o toda a noite. Ao amanhecer, a luz do sol mostrou que o guerreiro morto estava coberto por um belo manto de teias tecido pelas aranhas. A noiva buscou fios e agulhas e, copiando o trabalho das aranhas, teceu para o amado uma deslumbrante mortalha, criando a primeira peça de nhanduti.

       A renda Nhanduti ou Tenerife é uma categoria de renda difundida nos países latino americanos pela dominação espanhola e que teria alcançado o Brasil especialmente através do Paraguai. (fonte: Agulha de Ouro)

       A mim, o nhanduti chegou através da minha vó Isabel, que confeccionava essa renda numa almofadinha de couro, onde ela colocava alfinetes formando o desenho pretendido. Depois, sei lá como, ia trançando os fios e nasciam belas toalhinhas.

       Outro dia minha mãe me perguntou se eu queria as últimas moicanas (toalhinhas) que ela ainda guardava. Imagina se não!

       E, quando menos esperava, minha tia me presenteia com a almofadinha original onde minha vó criava suas toalhinhas. O detalhe que adorei saber que foi meu vô Floriano quem fez a almofadinha prá ela.

       Junto veio um livreto francês de onde os modelos eram tirados.

       Fiz este quadrinho com bastidor na intenção menor de enfeite e mais como uma homenagem ao trabalho delicado da minha vó, filha de espanhóis que vieram para o Brasil.

       Saudades enormes, vó...

sábado, 22 de outubro de 2011

2ª Feira de Patchwork de Limeira


Hoje fui passear pela 2ª Feira de Patch de Limeira, cidade que é vizinha à minha.
Estava linda! Muitos expositores, muita mulher animada, muito marido esperando, muito alto astral!
Conheci a Lu Gastal, vi a Tia Lili, andei entre "feras" do mundo dos retalhos.
Cada trabalho lindo e perfeito de deixar a gente orgulhosa pelo talento dos outros.
Acho que o mundo não descamba de vez  devido às pessoas que gostam do que fazem, que desenvolvem um talento, seja ele qual for, com amor.
E fiquei pensando que hoje em dia o patchwork, com o número de adeptas cada vez maior, já se tornou um movimento. Não acho que seja uma febre, uma moda. É um movimento de classe! Classe das mulheres dispostas a serem felizes, a tentarem desenvolver um trabalho do qual possam se orgulhar. É um refresco para o dia a dia corrido, pesado e algumas vezes, cinza. É um colorido de retalhos, de linhas que nos conduzem à clareza de ideias, ao raciocínio mais rápido (repare como a matemática melhora: a gente consegue facinho calcular quanto vai custar 20 cm de tecido, quanto de tecido vai prá aquele trabalho, o que dá prá fazer com meio metro de tecido, e por ai afora).
Quando comecei a unir os retalhos, há 12 anos atrás, ninguém na minha cidade vendia 20 cm de tecido. Era vista como miserável pelos vendedores, que queriam me empurrar no mínimo 40 cm.
Hoje, temos lojas especializadas onde podemos tranquilamente pedir de 20 cm prá cima. Sem passar vergonha. O movimento tomou corpo, como diriam velhos companheiros.
E vida longa às patchworkeiras!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lição de economia

Não, eu não sou economista.
Não, eu não sou uma grande poupadora ou investidora.
Sou só eu: a Rebeca. Dona de casa, gráfica, mãe, esposa, artesã.
E invento teorias.
Acabei de desenvolver um método para evitar gastos inúteis: o salto alto.
Isso mesmo: você não leu errado nem houve erro de digitação. SALTO ALTO.
É tão lindo mas tão, tão desconfortável!
Naqueles dias que você está com aquela vontade de gastar, vá de salto alto. E estacione longe.
A sua locomoção será tão chata, desconfortável e doída que te levará a pensar se você precisa mesmo daquela compra. Se realmente há necessidade do gasto.
Nas primeiras vezes você pode até se arriscar, mas logo logo vai perceber que é melhor ir prá casa, onde
descalça ou calçando confortáveis chinelos chegará a conclusão que não queria mesmo tanto assim aquele objeto, ou aquela roupa, ou qualquer outra coisa.
E que pés felizes geram pessoas felizes (e dinheiro no bolso não faz mal a ninguém, né?)

domingo, 16 de outubro de 2011

Colcha de retalhos em progresso










Aprontei mais alguns blocos para a colcha jeans + tecidos que estou fazendo. Com calma, sem qualquer prazo ou pressão de mim mesma, vou fazendo os blocos entre uma costura e outra.
Adoro o efeito do jeans, que parece um rapaz arredio e viril , com os algodõezinhos florais, delicicados e aconchegantes.
Parece a mistura perfeita para um bom relacionamente: sinto até que eles podem firmar um compromisso sério de esquentar a mim e meu bem por um bom tempo.
Aguardem os próximos blocos. Essa novela vai longe... (a colcha será queen!)

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma mulher obsessiva (eu, às vezes...)


Coloquei em cima de uma colcha que fiz há 12 anos!
 É a preferida do meu marido, no aonchego do sofá.

Não lembra um ovinho mesmo? E têm só 3 pezinhos...

Prá esse eu ainda não acheii utilidade, mas tô na batalha!

Na semana passada, fazendo compras num grande atacado da cidade, deparei-me com estes vasinhos.
Primeiro, me apaixonei pelo amarelo, que me lembrava um ovo. Depois, vi que tinha em vermelho, AMO vermelho. Por fim e na prateleira de baixo, descobri o branco.
Não comprei nenhum dos três, uma senhora econômica que estou ficando. Avaliei que não havia necessidade, disse prá mim mesma que era besteira e já tenho muitas coisas em casa e, fazendo cara de séria fui embora.
Qual meu sofrimento durante a semana! Imaginava-os na minha casa, hora aqui, hora acolá. Eles poderiam me fazer tanta companhia! Seriam tão, mais tão úteis, que num primeiro momento eu nem sabia aonde, mas seriam.
E o tempo prá voltar no atacado? Cadê?  E corre prá cá, corre prá lá.
Ontem, finalmente, minha angústia terminou.
No meio do maior temporal, com a avenida de acesso quase alagada, trânsito complicado, onde fui me meter? Onde era urgente eu estar? Em casa, na segurança? Entre meus entes queridos? Nããããooo! Atrás dos vasinhos.
O guarda-chuva já tinha perdido de manhã, o cabelo já estava daquele jeito, o tênis encharcado e o cenário se definia.
Uma louca obsessiva atrás de uns vasinhos prá fazer não-sei-o quê!
Por fim, quando finalmente voltei prá casa, encharcada, cansada e com frio,  tinha-os nas minhas mãos como um troféu. Só pode ser troféu de maluca...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estilo punk de ser





Meu irmão viveu vários fases, entre elas uma onda meio punk retrô, sabe uma versão atual mais antigona de punk? Que explicação enrolada, não? Deu prá entender? Um punk meio tardio, que vem de dentro prá fora e não está exatamente ligado com moda. Aquela coisa de moicano, cabelo laranja, vários brincos na orelha, roupa preta, esse estilo todo.
Bem, algo daquela época ainda persiste nele. Como ele fez anos no último dia 02, quis presenteá-lo com uma costurinha minha, e é claro que eu fiz uma...ALMOFADA! Que novidade! Meu nome deveria ser Rebeca Almofadete! Ah, gente! Deixa, vá! ADORO fazer almofadas e acho que é um presente que agrada a gregos e troianos (penso eu). 
E tem a parte de rechear a almofada, que é fenomenal! Ela vai ganhando forma e nascendo com todo o recheio de algodão siliconado que uso. Essa é a minha parte favorita.
Fiz um bloco muito tradicional do patchwork, o Flyng Geese, com um centro de foundation.
Há muitas caveiras mas quis dar um toque doce, pois os punks também amam. Daí o coração ao centro e o verso de xadrezinho vermelho, que é a minha estampa favorita e tem uma simplicidade doce e calma.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Almofada redondinha









Esta fofura redondinha foi feita para preentear o menor vizinho que tenho.
Ele mora no apartamento de cima do meu e é muuuuito loirinho. Parece um alemãozinho, na minha opinião, mas a mãe diz que na família acham que parece um russinho.
De qualquer forma, ele é uma graça e fez um ano por estes tempos (estes tempos, quer dizer: foi no mês passado mas não deu prá fazer uma almofada a tempo então tô sutilmente dizendo que estou atrasada mas com vontade de presenteá-lo, sabem como é?)
De qualquer modo, fiz esta almofada redondinha pensando nele e em todas as criancinhas, que adoro.
Hoje mesmo, conversando com minha irmã Bartira, que adora cães, desenvolvi uma nova teoria: a de que ela está na mesma frequência dos cães,  por isso ela os compreende e eles a adoram. E eu, sinto que tenho a mesma frequência dos bebês: é uma coisa que sinto no olhar deles, como se fosse um código que só quem tem a mesma frequência pode entender.
E ela sente a mesma coisa no olhar dos cães. Não é muito interessante? Bem dizem que um olhar equivale a mil palavras...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eu e o Fernando

 Há um Fernando Pessoa que mora no meu carro.
No trânsito mais lento ele me sussurra que olhe as árvores, observe as pessoas, procure pelas flores.
No engarrafamento, sou eu quem lhe procura as palavras, que lhe pergunta sobre o "mistério das cousas".
Ele me diz que "o único mistério   quem pense no mistério".
Quando a demora começa a me irritar, ele me aconselha: "sejamos simples e calmos como os regatos e as árvores".
E quando resolvo, armada de lápis e papel, derramar minhas lamúrias em versos rimados, ele ri alto e compara: "há poetas que são artistas e trabalham nos seus versos com um carpinteiro nas tábuas! Que triste não saber florir, ter que por verso sobre verso, como quem constrói um muro, e ver se está bem, e tirar se não está!"
Reflito e ele tem razão: prá que rimar e trabalhar sobre cada palavra, quando o que tem que combinar é o sentimento, o que tem que rimar é apenas a batida do coração.
E no doce momento em que os carros andam e o trânsito se movimenta, chego em casa e peço a Fernado P. que continue no meu carro prá sempre.
Mas, ele já está em mim, já invadiu meu modo de olhar e pensar.
Fecho a porta do carro e ligo o alarme.
Esse livro do Fernando Pessoa mora no meu carro!

domingo, 2 de outubro de 2011

Cestinha





Adoro passear pelas lojinhas chinesas que se espalham por aqui (e por aí, e por lá, e mais prá lá, enfim, por tudo quanto é canto, né?).
Vira e mexe descubro uma novidade interessante, astuta observadora que sou em matéria de coisas prá casa.
Esta cestinha, por exemplo. Ela é desmontável e toda furadinha, sabe prá quê? Desmontável prá não ocupar espaço (claro!) e toda furandinha prá guardar frutas na geladeira, mantendo todo o "corpinho" da fruta refrescado. Não é demais de boa ideia? E por módicos R$ 7,99.
Além de tudo ela é um doce, uma belezinha, não é mesmo? Eu, pelo menos, achei. Há quem diga o contrário?

sábado, 1 de outubro de 2011

Costura de sexta à noite

Quando: sexta-feira à noite.
Quem: eu.
Como: juntando uma velha camisa do marido e váaarios retalhos guardados.
Cenário: a sala da minha casa, em frente à TV, rolando um filme de terror.
Onde estavam os outros envolvidos: marido trabalhando, filho passeando.
Resultado: uma nova toalhinha prá forrar uma cesta de vime branco que fica no meu banheiro.
Custo: zeeero.
Diversão: garantida.



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