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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Os lençóis das minhas avós

     
Arranjos que fiz recolhendo plantas ou matos na rua



     Uma das coisas que mais me faz lembrar meus tempos de criança são alguns cheiros.
     Quando eu dormia na casa de qualquer uma das minhas avós, lembro perfeitamente do cheiro da roupa de cama. Não era um cheiro de sabão, muito menos de amaciante ou perfume. Era um cheiro indecifrável e muito agradável.
     Cheiro de roupa limpa guardada nos armários das avós. Cheiro de roupa de cama que embalava e descansava nosso corpo cansado das brincadeiras. Cheiro da vó por perto.
     Minha avó Isabel era viúva, então quando “pousava” lá, dividíamos a cama dela de casal. E adormecíamos de mãos dadas.
     Os colchões da casa dela eram de capim seco, o que provocava barulhinhos a cada virada na cama. Mas isso não abalava em nada meu sono; tenho até saudades desses estalos. Saudades também de ouvi-la rezando o terço diário: ela murmurando as orações, que nem eram feitas em voz alta nem em sussurros. Eram mesmo uma espécie de mantra murmurado.
    Já minha outra avó, a Ermelinda (adoro esse nome!), tinha meu vô Mário. Então, quando algum dos netos dormia por lá, ocupávamos o quarto que tinha sido do meu tio Sérgio, um cara barbudo que mudou para São Paulo nos deixando meio “órfãos” de tio.  Mas, cada visita sua nos trazia um pouco da cidade grande, um pouco das novidades que vinham em suas roupas, seus sapatos, seu jeito de falar e de ver a vida.
    Embora não fosse a cama da vó, os lençóis tinham o mesmo cheiro gostoso, aquele perfume das coisas verdadeiras, dos afetos genuínos, do bem querer e do bem-estar.
     E era gostoso acordar de manhã e estar num lugar diferente da nossa casa, do nosso quarto.

     Estávamos num lugar seguro, cheio de amor e que nos assegurava um sentimento grande de família. Coisa não tão fácil de achar, naqueles tempos...



Obs.: Andei meio afastada do blog por conta de uma paixão recente: o Instagram.
À todas as boas amigas que por aqui passarem, convido a "frequentar"  meu insta: @dandolinhas. Será muito gostoso também poder frequentá-las. E, se por acaso alguma ainda não tem, recomendo viva e entusiasticamente. É a nossa cara!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Outra bolsa Molinha: a saga continua



O interior: fiz babadinhos nos bolsos, que estão dos dois lados

A foto tá meio desfocada mas mostra a parte de baixo em couro fake


Nesta bolsa Molinha, que de molinha de verdade virou nome, misturei tipos três tipos de tecidos. Além do tecido que chamo de couro fake (que neste caso ficou na base) usei um belo algodão com estampa em cashmere e um veludo castanho muito macio.
Dessa forma, a bolsa Molinha ganhou um pouco mais de estrutura sem perder, contudo, sua "malemolência".
Esse algodão fazia parte do meu estoque há alguns anos. Dizem que nós que costuramos, adoramos acumular tecidos. Mas, calma aí minha gente: tecido sai de linha!  Em nossa defesa tenho que dizer que algumas estampas lindas podem estar disponíveis apenas por curtos períodos de tempo. 
Então, da próxima vez que cruzar com uma dessas simpáticas compradoras de tecidos, estimule-a a levar os lindos tecidos que ela escolher. Isso é investimento!
(Gente, será que meu marido tá lendo isso???? hehehehe)
O fato é que essa bolsa nasceu assim, criada com um tecido lindo guardado com carinho para algo especial. E momentos especiais sempre chegam, né? Melhor prevenir e ter belos tecidinhos guardados...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Bolsa de couro fake e cheia de estilo











Esta bolsa tem vários elementos que julgo importantes: seu couro fake, além de não pesar na consciência, também não pesa nos ombros. Ela é macia e leve.
Suas duas opções de alças garantem que seja uma companheira à altura das mulheres mais ocupadas e ágeis na correria do dia-a-dia.
A alça transversal pode ser desconectada da bolsa pois está ligada por mosquetões.
Na parte externa (não parece que tô falando do jardim??)  costurei um pequeno bolso prá deixar as chaves bem à mão.
Por não ser de modelo nem de tecido rebuscados, combina perfeitamente bem com vários estilos de roupas.
E, além de tudo isso, tem esse ar meio "sou-ainda-rebelde-e-não-conformada-com-injustiças-mas-tenho estilo,tá?"
Por esses motivos, acredito que possa ser uma boa companheira de qualquer uma de nós.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Bolsa molinha













Esta bolsa fiz para uma menina linda de doer.
Ela adora esses modelos molenguinhos e leves. Já é a terceira que lhe costuro. Desta vez, usei este tecido Afonso Franco maravilhoso (ou será que só eu que achei??) 
Comprei na Feira de Patchwork de Limeira deste ano.
Vi o tecido e lembrei dela, da bolsa, do gosto que é poder atendê-la numa coisa tão simples.
Compondo com a estampa florida usei um chevron colorido. Achei que deu jovialidade e alegria.
No fundo externo da bolsa, couro fake.
Como ainda havia um pedacinho do tecido, costurei essa necessarie combinando. De quebra, um pingente de bule prá fazer graça.
Dessa forma, encaminhei a bolsa para ela, com sérias recomendações que seja uma companheira a altura da bela dona da bolsa.

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