Ligo e sou informada que meu cartão está surdo, mudo e bloqueado! Havia a suspeita de uso indevido então bloquearam o coitado. Ele, meu amigo sabedor de todos os meus segredos, meus medos, minhas ousadias e até da minha cara de pau ( às vezes parece que ouço ele dizendo: "Não acredito que ela me usou prá comprar isso!!!!").
Um novo cartão está a caminho mas eu, órfã, me sinto desajustada.
A internet perde a graça: e se aparecer "aquela" promoção e eu sem cartão? As vitrines perdem a graça. Não ouso sequer pensar em visitar uma loja de tecidos. Sou um pária. Uma sem cartão.
Medito e vejo o absurdo da situação: quando me achava curada da onda (onda não, tsunami) de consumismo, tenho esta recaída! Sinto a falta dele com a de um parente querido!
E vou me convencendo do tanto que tenho ainda a aprender, do tanto de desapego que ainda tenho que praticar.
Passo o fim de semana quase zen: gasto apenas o essencial, invento reaproveitamentos, pesquiso vidas mais sustentáveis.
Acordo na segunda-feira pronta para uma nova vida, convencida que viver é um arte simples para quem é simples. E estou simples e pura. E sem frivolidades!
E quando já pensava nos dizeres do cartaz que levaria na passeata que promoveria contra o consumismo, eis que recebo uma correspondência.
E quando já pensava nos dizeres do cartaz que levaria na passeata que promoveria contra o consumismo, eis que recebo uma correspondência.
Lá no fundo do envelope vem ele, vermelho, brilhante e com olhos de promessa: é o novo cartão que chega!
Penso bem e acho que hoje ia chover mesmo e a passeata pode esperar mais um pouco...
6 comentários:
rsrs
Adorei o post Rebeca!
O consumismo está muito ligada as artes do feito à mão.
rs
Quem resiste a tecidos (no meu caso papéis também rs), linhas, botões?
Ainda mais em promoção!
A passeata pode esperar sim!
:)
bjs, ótimo final de dia!
oi!! Rebeca...sabe que com a compra do terreno eu simplismente não comprei nada, desde de janeiro, a ultima coisa que comprei foram uns tapetes em São Tomé e só. Claro alimentação e produtos de higiene e limpeza e ainda escolho os preços mais baratos (acreditaaa), estou usando só o que tenho em casa para fazer umas costurinhas, mas a vida está tomando outro sentido, estamos curtindo porque as comidinhas antes comidas em restaurantes, agora são aprendidas aqui em casa. Enfim, tudo tem um preço, então para ter minh a casinha na roça...é assim. beijos queridona.
Amei, sorrir, e quase me junto a ti, a sem cartão, mas desistir. Seria uma vida muito sem graça.
Sempre com fotos lindas.
beijo
Te entendo bem há tempos venho numa campanha de parar de gastar/comprar no cartão, há poucos dias o meu também foi trocado é incrível como me senti desamparada, quando o carteiro entregou o novo me senti aliviada.
Bjs.
A prova de fogo vem agora... com o novo cartão nas mãos e manter a linha.
Talvez a passeata fique pra depois mas cá entre nós alguns de nossos melhores empreendimentos, sonhos e momentos não são pagos com os vermelhinhos brilhantes...
beijo e boa sorte (disse sorte não compras!!!! rsrsrs)
Ola... nem sei como vim parar aqui, mas me deliciei com os seus escritos, me diverti muito lendo para o meu filhinho (34 aninhos.) Obrigada por este prazer de ler coisas tão bem escritas e divertidas.
Angela (dostemposdavovozinha)
Ah ele o meu filho fica muito feliz qdo acontecem coisas desse genero
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