Quem sou eu

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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vento


O vento vem sacudir minha janela, cochichando: tenho novidades...

Bate no vidro da cozinha, alarmando meu coração, sacudinho minhas cortinas.

Quer me falar, me assustar ou só me contar algo. Varreu as ruas, soprou as folhas secas no jardim, balançou as árvores.

Que pode querer de mim? Justo de mim, que falo tão bem dele, que ando pela rua com os cabelos a dançar a sua dança de vento, que me descabelo e nem ligo, que varro os pensamentos só com o balançar do vento?

E, no meio da noite, quando quase tudo dorme, ele chega de novo, sussurando na janela do quarto, sacudindo a persiana com mãos fortes e insistentes e insones.
Que pode querer de mim?

Que me conte do que viu, dos outros, de além mar, de além serra, de além montanha.

Que me conte dos asfaltos que varreu, das cartas de amor rasgadas que espalhou prá que ninguém mais as junte, das roupas molhadas que secou.

Que me segrede as palavras que levou, as frases que interrompeu, as saias que levantou.

Afinal, o que pode querer de mim?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aniversário


Meu filho faz 16 anos hoje.

É um pedaço de mim, a melhor parte, a cereja do meu bolo.

Um dia, nós fomos um só e as pessoas que não entendem as mães têm que pensar nisso pra entender que essa história já começa fadada a ser uma relação no mínimo complexa.

Quem não tem filhos não pode entender. E isso não é bom nem ruim: é um traço que nos torna distintos.

Um amigo, motoqueiro de muitos anos e sem filhos, não consegue entender a dedicação das mães, e "critica-nos" entre risos bem intencionados.

Como ele não me compreende, admito que não posso compreendê-lo quando conta suas viagens de moto, o vento no rosto, o prazer de ser parte da paisagem e não um mero expectador atrás do vidro do carro, embalado numa máquina.

Eu até posso presumir que deve mesmo ser um prazer enorme, uma aventura, mas o sentimento real eu ignoro porque eu nunca viajei de moto, eu nunca tive essa oportunidade.

Tá aí, ser mãe é isso: uma aventura, mas só sabe das dores e delícias quem nela embarca, não só colocando o filho no mundo, mas caminhando junto até onde for possível e necessário.

Ah, e o meu amigo me lembra que ele pode deixar de ser motoqueiro quando quiser mas ser mãe é uma opção pra sempre.

Dá o que pensar, não dá?

sábado, 2 de outubro de 2010

Presentinhos




Ando costurando presentinhos de Natal.

Eu, uma adepta da teoria do caos, uma atrasada prá tudo, uma alucinada com o dia a dia, tô tentando ser mais organizada.
Por as ideias em ordem, as costuras em dia, os sonhos fora do papel.


E, como a gente sempre sabe que o Natal vai chegar no mesmo dia, todo santo ano, por que não se preparar antes?

Como cansei daquele stress pré-Natal, lojas cheias, aquele agito todo, aquelas compras desnecessárias, aquele impulso fatal pro bolso que só vai ser notado na ressaca de janeiro, decidi costurar presentinhos. São só lembretes, nada grandioso, mas feitos com carinho e exclusividade.

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