Eu arrasto os meus pés nus pela casa, juntando linhas, poeiras, cabelos, restos de mim.
Pesam sobre os meus ombros minhas histórias, meus gostos e desgostos, minhas memórias.
Resmungo como uma velha abandonada, tudo o que não deu certo, todo o trabalho que fiz, toda sacola pesada que já carreguei.
As costas me incomodam e os joelhos doem: não sou a mesma e no entanto, aquela menininha redondinha nunca me abandonou.
Estou desgastada.
(Oh, céus!)
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