Hoje, dia 23 de dezembro, é o dia de aniversário da minha vó Ermelinda.
Ela era doce, ótima cozinheira e excelente avó.
Acho que se continuamos a ser lembrados por alguém, mesmo depois de tanto tempo, a nossa existência terá valido a pena. A dela só me deixou boas recordações.
Recordações da sua cozinha de armários verdes claros, do cheiro da sua comida, do suspiro feito prá cobrir o bolo mas que ela me deixar lamber a colher, da máquina de costura entre a sala de jantar e a cozinha, criando um mundo de interesses ali, nesse triângulo sala de jantar / canto da costura / cozinha.
Só agora compreendo tanta coisa: por que Deus (no qual eu acredito tanto) não nos dá essa cabeça de 40 e tantos naquele corpinho de 19? Eu teria entendido tantas coisas mais...
Hoje, a homenagem é toda prá ela, que costurava blusas à tarde prá sairmos à noite, que numa tarde de tédio, fez duas bonecas de pano para que eu e minha irmã Bartira nos divertissímos.
Vó, antes tarde do que nunca: você tinha razão em tantas coisas...
Beijos e mais beijos e você está sempre comigo! A morte é só um detalhe completamente sem graça, que nos atrasa o encontro, mas que ele acontece, ele acontece.
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