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O depois |
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O antes |
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O antes e depois juntos |
Já falei aqui que meu gosto por antiguidades e velharias deve ter uma explicação psicológica. Como ainda não fui atrás de tratamento, continuo na minha escalada pela recuperação e adoção de coisas que julgo interessantes.
Meses atrás, avistei essa moldura na calçada, ao lado do entulho da reforma de uma casa. Após breve avaliação, verifiquei que a danada estava inteirinha e em ótima forma. Até a cor me agradava.
Recolhi sem nada em mente, apenas pensando em preservar o bem físico da moldura, certa que no momento exato ela seria útil.
E a hora chegou! Tínhamos no meu trabalho um enorme quadro de avisos com algumas fotos de pessoas que trabalharam ou ainda trabalham lá. Prá mim, isso é um tipo de homenagem, já que alguns já faleceram. É como se estivéssemos dispostos a não esquecê-los nem aos momentos que compartilhamos. Outros funcionários se aposentaram e outros, como eu, ainda trabalham no mesmo setor. No meu caso, estou nessa gráfica há 25 anos.
No enorme quadro de avisos as fotos ficavam todas separadas, entre textos e um fundo já sujo.
Resolvi pintar a moldura adotada de preto fosco porque achei que tinha tudo a ver usar um tecido estampado de jornal como fundo (sim, nós editamos um jornal).
Para alegrar esse branco e preto, usei um elástico laranja fazendo um cruzado. E no cruzamento dos elásticos, finquei uma tachinha prateada dando mais firmeza. Pronto! Estava finalizado um quadro só de fotos nossas! Minha homenagem pessoal a todos que por aqui passaram estava feita.
Agora, preciso urgentemente revelar fotos novas, porque se temos um pessoal mais antigo, também temos funcionários novos que infelizmente chegaram nesta época onde raramente revelamos fotos...
E também merecem um canto do quadro, claro.