quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Qualquer coisa


Há qualquer coisa dentro de mim que chora.
Não sei porquê.
Se foi uma brincadeira interrompida, um grito no meio da noite, um coração despedaçado.
Há uma menininha, ora valente, ora temerosa, ora aventureira, ora tão afeita às coisas da casa, como um porto seguro, blindado contra as maldades do mundo.
Há uma pequena garota que ainda olha encantada a prateleira de brinquedos, que me pede aquele conjunto de pratinhos e xicrinhas e toda sorte de coisinhas que se pode querer prá brincar de casinha.
Se fosse possível, e se eu fosse pequena agora, queria ter-me adulta por perto, pronta prá zelar por meu conforto e segurança, prá me segurar no colo e dizer que tudo ficaria bem. E, bem cedinho, eu ia me acordar sussurrando que um mundo inteiro de possibilidades me aguarda.

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